Paz e não-violência: “Não há caminho para a Paz. A Paz é o caminho”.
18, novembro, 2008Por João Bosco Barbosa Martins e Ana Emília Baracuhy Cavalcanti
O presente artigo tem o objetivo de abrirmos um canal de comunicação sobre a Paz e Não-violência, e para isso estamos trazendo algumas reflexões sobre o principal objetivo de se difundir a cultura da Paz na sociedade brasileira. Não pretendemos ensinar ninguém. Somos imperfeitos, cheios de erros, de defeitos, mas com uma coisa muito importante dentro de nós: o sonho de mudar a realidade atual da violência em nosso País. O caminho é grande... Fazer Paz é muito difícil... Mas por que não darmos a nossa pequena cota de colaboração? Poderemos fazer a diferença... Aplicarmos o ensinamento do beija-flor mobilizador que pretende acabar com o incêndio da floresta e ainda incentiva seus pares a fazer o mesmo. Sonhar é preciso! É preciso sonhar com um mundo melhor de se viver! Paz não é apenas a ausência de conflitos, como saúde não é ausência de doença. Paz é ação, é movimento. O contrario da palavra Paz não é guerra, é inércia. Diante desse novo conceito sobre Paz, defendemos a bandeira de que precisamos empreender uma grande campanha de alfabetização mundial sobre a cultura de Paz. ] Não-violência não é a ausência da violência, também não é a neutralidade passiva. Não-violência é sim a presença de uma força muito poderosa: a força da Paz e não a Paz pela força. Por que é tão difícil se seguir o exemplo de Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Martin Lutter King Jr, Dalai Lama, Jesus Cristo, Chico Xavier, Irmã Dulce, Sai Baba, Dom Helder Câmara, Nando Cordel, John Lennon, Betinho, dentre outros pacifistas? Por que o mundo é tão violento? Por que as pessoas estão matando umas às outras? Por que as pessoas não aplicam o principal mandamento do mestre Jesus Cristo: "Faça ao outro, o que você gostaria que fizessem a você". Sabemos que a Paz do mundo começa em nós mesmos... Se obtivermos a Paz interior, tornamo-nos mais felizes, mais amorosos, mais concentrados, com pensamentos mais saudáveis e agimos com maior parcimônia com o nosso próximo. Assim, logo se vê que só se tem vantagem com esse tipo de comportamento. Que tal começarmos a tomar algumas atitudes mais pacíficas? Poderemos começar a pensar em tratar uma pessoa estranha com gentileza e respeito. Certamente essa pessoa começará a nos tratar com simpatia e gentileza e até vai nos estender a mão. Poderemos começar a reservar um momento do dia para fazermos uma reflexão sobre o nosso papel como ser humano nessa vida. O caminho pode ser escolher um tempo no dia para ficar sozinho (trata-se da escola do silêncio) para trabalhar as próprias emoções ou simplesmente para usufruir de um momento de tranqüilidade pessoal. Que tal começarmos a aplicar os ensinamentos do autor Stemphen Levine que diz: "Se você tivesse uma hora para viver e pudesse dar um único telefonema, para quem você ligaria, o que diria, e o que você está esperando?". Que tal se colocar a disciplina “Educação pela Paz”, como em todas as escolas do País? A Paz é transdisciplinaridade. A Paz deve ser ensinada como conteúdo transversal, dentro do estudo de todas as disciplinas. Deve-se ensinar a Paz dentro da Matemática, na História, na Química, na Física, enfim, em todos os conteúdos programáticos da escola. A pedagogização dessa disciplina se daria com o estudo da Paz em três segmentos: Paz interior, Paz ambiental e Paz social. Pé na tábua e vamos refletir juntos sobre essa orientação. A nossa Paz de espírito melhorará tremendamente e a Paz do mundo receberá uma grande contribuição. Até a próxima! * João Bosco Barbosa Martins é AFRFB, lotado na ALF/FOR, com exercício na Seção de Arrecadação e Cobrança (Sarac). É, também, ativista pela Paz e Não-Violência e colaborador da Associação Peter Pan. Este artigo reflete as opiniões do(s) autor(es), e não necessariamente da Delegacia Sindical do Ceará. Esta Delegacia Sindical não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizada pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações. |
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