Chacina de Unaí: DS BH marca presença em Ato Público contra a impunidade
29, agosto, 2013Por volta das 9h40 da manhã desta terça-feira, 27 de agosto, foram iniciados os trabalhos do julgamento de três dos réus da Chacina de Unaí – Erinaldo Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda. Eles são acusados de serem os executores dos Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e do motorista Ailton Pereira de Oliveira, crime ocorrido no dia 28 de janeiro de 2004, na zona rural de Unaí, em Minas Gerais. Os quatro acusados de serem os mandantes do crime: Hugo Alves Pimenta, Humberto Ribeiro, José Alberto de Castro e Norberto Mânica estão com julgamento agendado para o dia 17 de setembro.
Durante toda a manhã, em frente ao prédio da Justiça Federal em Belo Horizonte, Auditores-Fiscais do Trabalho, Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil e demais servidores públicos, parlamentares, representantes de instituições de Direitos Humanos e cidadãos realizaram um grande ato público exigindo a condenação dos acusados do crime que está há 9 anos e meio sem solução. Eles protestavam e gritavam palavras de ordem como “Justiça, Justiça” e “Julgamento Já”. A DS BH foi representada pelo presidente, Luiz Sérgio Fonseca Soares, pela diretora de Assuntos Jurídicos, Maria de Lourdes Fernandes, e pelo diretor de Defesa Profissional, Alfredo Menezes.
Na análise de Luiz Sérgio, a chacina de Unaí, além de um atentado absurdo que tirou a vida de quatro servidores públicos, foi uma afronta à autoridade fiscal e ao Estado. Classificou o crime como um ato de selvageria e brutalidade do capitalismo selvagem e exacerbado. “Além de sugarem a energia de seus empregados, esses patrões derramaram o sangue e tiraram a vida de quem cumpria o seu dever de defender o interesse do país e da sociedade”, pontuou.
A mobilização foi organizada pelo Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho) e pela Aafit-MG (Associação dos Auditores-Fiscais do Trabalho em Minas Gerais). Também estiveram presentes representantes da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), Anfip-MG (Associação dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil em Minas Gerais), Sindifisco-MG (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Estadual em Minas Gerais), Sintraemg (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais) e Sindojus-MG (Sindicato dos Oficiais de Justiça Avaliadores do Estado de Minas Gerais).
O julgamento
Segundo informações do Sinait, a juíza Raquel Vasconcelos, substituta da 9ª Vara Federal em Belo Horizonte, que preside o julgamento, começou fazendo a chamada dos jurados. Dos 25 jurados sorteados, 17 estiveram presentes, sendo os demais dispensados mediante justificação. Após isso, ela declarou aberta a sessão do Tribunal do Júri. O Oficial de Justiça iniciou o Pregão – que é o anúncio do julgamento, nominata dos acusados e dos advogados de defesa e acusação e testemunhas do caso.
Os réus entraram no plenário escoltados por policiais militares e estiveram presentes durante o sorteio dos jurados, que são sete. O Conselho de Sentença ficou formado por cinco mulheres e dois homens. Os jurados são: Maíra Barbosa Faria, Luciene Aparecida de Oliveira, Zulmira de Oliveira Santos, Claudenir Francisco Alves, Jéssica Cabral Costa, Naiara Nogueira e Emerson Ribeiro da Silva. Foram, ainda, sorteados os jurados suplentes, que já ficaram convocados para o julgamento dos mandantes do crime, no dia 17 de setembro.
A previsão é de que o julgamento dos réus seja concluído na próxima sexta-feira, 30.
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