Envie para um amigo



Fale com a Diretoria

Tem alguma dúvida? Precisa saber sobre alguma demanda como filiado? Quer contribuir com sugestões, ideias ou críticas?

Envie uma mensagem para a DS Ceará. Queremos ouvir você!




Cinefisco: DS/CE exibe hoje (31/1) filme de Costa-Gravas. Compareça!

31, janeiro, 2012

A DS/CE promove hoje (31/1), às 17h30min, mais uma sessão do Projeto Cultural “CINEFISCO”, em que exibimos mensalmente produções cinematográficas. O filme escolhido para a ocasião é o “Seção Especial de Justiça”, dirigido por Costa-Gravas. A sessão acontece na sede da DS/CE (Rua Barão de Aracati, 1098) e todos os filiados estão convidados a participar. Venha e confira! Contamos com sua presença!

CONFIRA A SINOPSE DO FILME DO MÊS:

SEÇÃO ESPECIAL DE JUSTIÇA (França/Itália/ Alemanha, 1974).

Sinopse: “Agosto, 1941. Um militar alemão é abatido sob tiros de revólveres. Os autores da morte, jovens da resistência, não seriam detidos. Em represália, os alemães prometiam executar 50 franceses. Mas o governo colaboracionista de Pétain chega com um outro acordo: matar seis franceses ‘legalmente’, sob o amparo da lei. Assim devia ser promulgada uma lei que permitisse condenar sem recurso, nem apelação, cujo texto se aplicaria, retroativamente, às infrações cometidas anteriormente a sua promulgação. A lei criava uma Seção Especial pelo Tribunal de Recursos de Paris, uma jurisdição de exceção, incumbida de matar. Agora só faltava escolher os magistrados para compô-la e presidi-la. O que acontece quando a justiça é pressionada pelo poder?”

Um dos melhores filmes do diretor grego Konstantinos Gavras, mais conhecido como Costa-Gavras, Seção Especial de Justiça coloca o dedo na ferida da grande vergonha nacional francesa, que foi o colaboracionismo com os invasores nazistas durante a denominada República de Vichy, chefiada pelo Marechal Pétain, isso na culta, politizada e, por vezes, arrogante França do século XX.

A sua importância reside, não só pelo aspecto histórico, mas, principalmente, no questionamento sobre a manipulação das instituições jurídicas de um País, na defesa dos interesses dos grupos dominantes, ainda que esses grupos sejam constituídos por invasores, com a conivência de uma parte da população que se beneficia de parcelas do poder usurpado da nação.

O filme tem ainda um particular interesse para os estudantes e profissionais do direito, ao analisar as inconfessáveis tramas que se escondem por trás das autoridades togadas e o esforço dos juízes em aparentar isenção nas decisões prolatadas, que vão flagrantemente de encontro à expectativa da opinião pública; e, na película em questão, essas circunstâncias são agravadas, não só pela aplicação retroativa de legislação prevendo, inclusive, a pena capital, para “crimes” já cometidos antes de sua edição, como pelo fato de não se admitir qualquer tipo de recurso.

(Reproduzido da coluna nº 4 - CINEMA É (MAIS QUE) A MAIOR DIVERSÃO – publicada no site da DS/CE, do Unafisco Sindical, em 31 de outubro de 2008).