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Clássicos do Cinema Europeu - 25 títulos

1, junho, 2012

A Doce Vida
• Diretor: Federico Fellini
• Nacionalidade: Itália
• Filme: A Doce Vida
• Duração: 174 min.
• Nacionalidade: Itália
• Gênero: Drama
• Ano: 1960
• Protagonista: Marcello Mastroianni, Anouk Aimée, Anita Ekberg, Magali Nöel
• Aúdio:Italiano 5.1
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.66:1

Na Roma dos anos 1950, o jornalista de fofocas Marcello (Marcello Mastroianni) passa os dias entre festas e badalações, mas sente-se vazio e sonha em escrever sobre assuntos sérios. Esta é “A Doce Vida” de Federico Fellini (1920–1993), monumento da grandeza do cinema italiano dos anos 1960.

O diretor começou a carreira dentro da tradição Neorrealista mas com este drama inaugurou o estilo “felliniano”, termo que descreve situações e personagens exagerados e extravagantes. O filme inicia a longa parceria entre Fellini e Mastroianni e fez história com sua estrutura moderna e fragmentada, enfatizando imagens fantásticas e barrocas. A cena de Anita Ekberg na Fontana de Trevi entrou para a história.

Fitzcarraldo

• Diretor: Werner Herzog
• Nacionalidade: Alemanha
• Filme: Fitzcarraldo
• Duração: 157 min.
• Nacionalidade: Ale/Peru
• Gênero: Drama
• Ano: 1982
• Protagonista: Klaus Kinski, Claudia Cardinale, José Lewgoy
• Aúdio: Alemão 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.66:1

O obstinado irlandês Fitzcarraldo (Klaus Kinski) tem um sonho: construir uma casa de ópera em plena selva amazônica. Mas, para chegar a uma área onde poderá explorar borracha e obter o dinheiro necessário, ele terá que transportar um navio morro acima. “Fitzcarraldo” reflete a personalidade do diretor alemão Werner Herzog (1942).

Rebelde por natureza, o alemão tem fascinação por homens que, tomados por uma obsessão, desafiam uma natureza hostil. Baseado em história real do século 19 e ponto alto da parceria entre Herzog e Kinski, “Fitzcarraldo” teve uma das filmagens mais tumultuadas da história. A impressionante cena do navio foi feita sem efeitos especiais.

Último Tango em Paris

• Diretor: Bernardo Bertolucci
• Nacionalidade: Itália
• Filme: Último Tango em Paris
• Duração: 129 min.
• Nacionalidade: França/Itália
• Gênero: Romance
• Ano: 1972
• Protagonista: Marlon Brando, Maria Schneider, Maria Michi, Giovanna Galletti
• Aúdio: Inglês (mono)
• Legendas: Inglês, Espanhol e Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.85:1

Um homem de meia-idade (Marlon Brando) conhece uma jovem (Maria Schneider) quando procura um apartamento em Paris. Logo embarcam num tórrido jogo sexual e anônimo em que não irão revelar nem mesmo seus nomes. Bernardo Bertolucci (1941) chocou o mundo com “Último Tango em Paris”. Diretor que começou como assistente de Pier Paolo Pasolini (1922-1975), o italiano costurou temas como política e sexo em densos épicos e dramas.

“Último Tango em Paris” abriu as portas do cinema de arte para o erotismo e a mudança de valores trazida pela liberação sexual. Ficou proibido em vários países, inclusive no Brasil, devido a cenas de sexo até hoje consideradas fortes.

Cinema Paradiso

• Diretor: Giuseppe Tornatore
• Nacionalidade: Itália
• Filme: Cinema Paradiso
• Duração: 123 min.
• Nacionalidade: França/Itália
• Gênero: drama
• Ano: 1988
• Protagonista: Philippe Noiret, Jacques Perrin, Salvatore Cascio
• Aúdio: 2.0 Italiano
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen 1.66:1 Anamórfico

Em uma vila italiana após a Segunda Guerra Mundial, Totò (Salvatore Cascio) se refugia no pequeno Cinema Paradiso. Alfredo (Philippe Noiret), o projecionista, torna-se seu mentor ao lhe transmitir a paixão pelo cinema. Nos filmes do diretor italiano Giuseppe Tornatore (1956), o passado tem papel central, seja como formação cultural de um personagem, seja como a história da Itália.

“Cinema Paradiso” projetou a experiência de gerações que vivenciaram os filmes como se fossem sonhos. Com espírito agridoce, conquistou o mundo todo com um tom nostálgico que remete a um passado mais ingênuo e íntegro. É um filme de resistência para quem acredita no poder mágico do cinema.

Morangos Silvestres

• Diretor: Ingmar Bergman
• Nacionalidade: Suécia
• Filme: Morangos Silvestres
• Duração: 91 min.
• Nacionalidade: Suécia
• Gênero: drama
• Ano: 1957
• Protagonista: Victor Sjöström, Bibi Andersson, Ingrid Thulin, Gunnar Björnstrand
• Aúdio: Sueco
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Isak (Victor Sjöström), um professor aposentado, será homenageado na universidade em que se formou 50 anos antes. Para isso, empreende uma viagem até Estocolmo. Na estrada, reavalia seu passado enquanto sente a proximidade da morte. “Morangos Silvestres” é um dos filmes mais otimistas do sueco Ingmar Bergman (1918-2007), cineasta de cabeceira do americano Woody Allen (1935). Artista que começou no teatro, criou uma extensa filmografia que lida com temas sérios, como fé e solidão.

“Morangos Silvestres” comove plateias desde seu lançamento ao expor a possibilidade de redenção e demonstra a força visual de Bergman nas expressionistas e freudianas cenas de sonhos de Isak.

Volver

• Diretor: Pedro Almodóvar
• Nacionalidade: Espanha
• Filme: Volver
• Duração: 121 min.
• Nacionalidade: Espanha
• Gênero: Comédia/Drama
• Ano: 2006
• Protagonista: Penélope Cruz, Carmen Maura, Lola Dueñas, Blanca Portillo, Yohana Cobo e Chus Lampreave
• Aúdio: Castellano e Português. 2.0
• Legendas: Inglês, Espanhol, Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 2.35:1

Raimunda (Penélope Cruz) trabalha como faxineira para sustentar a filha (Yohana Cobo) e o marido (Antonio de la Torre). Sua irmã (Lola Dueñas) tem um salão de beleza e vive só. Certo dia, a mãe (Carmen Maura), dada como morta, reaparece para resolver assuntos pendentes. Parte de “Volver” se passa em La Mancha, terra natal de Pedro Almodóvar (1949).

Na exuberante filmografia do cineasta, que despontou numa Espanha que saía da ditadura, o kitsh, o melodrama e a cultura gay se entrelaçam. Mulheres fortes, referências a telenovelas e situações surreais são temas recorrentes em Almodóvar. Em “Volver”, reaparecem de uma forma depurada e sóbria.

Asas do Desejo

• Diretor: Wim Wenders
• Nacionalidade: Alemanha
• Filme: Asas do Desejo
• Duração: 128 min.
• Nacionalidade: Alemanha/França
• Gênero: Drama
• Ano: 1987
• Protagonistas: Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Otto Sander, Curt Bois e Peter Falk.
• Aúdio: Alemão
• Legendas: Português
• Formato da tela: 4x3 Letterbox

Anjos sobrevoam a Berlim Ocidental do final dos anos 1980. Eles são invisíveis, ouvem os humanos e oferecem alívio aos angustiados. Mas as regras são desafiadas quando um anjo se apaixona por uma trapezista. “Asas do Desejo” é o ponto alto da carreira de Wim Wenders (1945), um dos nomes mais populares do Novo Cinema Alemão. Ele realizou filmes que refletem uma realidade melancólica, ecos de traumas do passado.

Fantasia que conquistou corações e mentes, “Asas do Desejo” tem uma estrutura que remete ao mundo dividido da época, do qual Berlim era centro e espelho. Em preto e branco quando mostra o ponto de vista dos anjos, o filme ganha cores ao reproduzir a vida dos seres humanos.

Os Girassóis da Rússia

• Diretor: Vittorio de Sica
• Nacionalidade: Itália
• Filme: Os Girassóis da Rússia
• Duração: 101 min.
• Nacionalidade: Itália/União Soviética
• Gênero: Romance
• Ano: 1970
• Protagonista: Sophia Loren, Marcello Mastroianni, Lyudmila Saveleyva, Galina Andreyeva, Anna Carena
• Aúdio: Italiano 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.66:1

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, Giovanna (Sophia Loren) se recusa a aceitar que o marido (Marcello Mastroianni) tenha morrido em combate na Rússia. Ela decide então viajar em busca de seu paradeiro. Em "Os Girassóis da Rússia", o italiano Vittorio De Sica (1901-1974) distancia-se do tipo de cinema que ajudou a formular no início da carreira, fase em que foi um dos pilares do movimento Neorrealista com filmes de estética despojada.

Das paisagens russas (até então pouco vistas em produções ocidentais) à trilha sonora de Henry Mancini, passando pela presença de duas grandes estrelas do cinema italiano, “Os Girassóis da Rússia” carrega a marca dos espetáculos épicos e grandiosos.

Hiroshima, Mon Amour

• Diretor: Alain Resnais
• Nacionalidade: França
• Filme: Hiroshima, Mon Amour
• Duração: 89 min.
• Nacionalidade: França/Japão
• Gênero: Drama
• Ano: 1959
• Protagonista: Emmanuelle Riva, Eiji Okada
• Aúdio: Francês 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Uma atriz francesa está no Japão para atuar em um filme pacifista sobre a hecatombe nuclear em Hiroshima. Enquanto se relaciona com o amante, arquiteto japonês que sobreviveu à guerra, ela relembra o primeiro amor, um soldado alemão. “Hiroshima, Mon Amour” é a estreia em ficção do francês Alain Resnais (1922). Fascinado pela análise da memória e do esquecimento, o diretor adota gêneros variados em obras que desafiam a lógica das narrativas convencionais.

Com roteiro da escritora Marguerite Duras (1914-1996), “Hiroshima Mon Amour” é dos casamentos mais arrojados entre cinema e literatura. A mistura de passado e presente, traumas e afetos resulta em um filme cuja poesia é ainda única na história do cinema.

A Liberdade É Azul

• Diretor: Krzysztof Kieslowski
• Nacionalidade: Polônia
• Filme: A Liberdade É Azul
• Duração: 93 min.
• Nacionalidade: Fra/Pol/Suí
• Gênero: Drama
• Ano: 1993
• Protagonista: Juliette Binoche, Benoit Régent, Hélène Vincent, Florence Pernel, Charlotte Very, Emmanuelle Riva
• Aúdio: Francês 5.1
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.85:1

Julie (Juliette Binoche) sobrevive a um acidente de carro no qual perde o marido, um famoso compositor, e a filha pequena. Traumatizada, perde a vontade de viver e tenta apagar os laços com o passado. “A Liberdade É Azul” traz o polonês Krzysztof Kieslowski (1941-1996) em plena maturidade. Atento observador dos paradoxos da vida, o cineasta abordou personagens em encruzilhadas éticas e morais.

Primeiro episódio da celebrada Trilogia das Cores, baseada nos ideais da Revolução Francesa, “A Liberdade É Azul” é um filme sensorial. Mais do que palavras, são as delicadas imagens e a música erudita que transportam a narrativa.

O Batedor de Carteiras

• Diretor: Robert Bresson
• Nacionalidade: França
• Filme: O Batedor de Carteiras
• Duração: 75 min.
• Nacionalidade: França
• Gênero: Drama
• Ano: 1959
• Protagonista: Martin La Salle, Marika Green, Jean Pélégri, Dolly Scal, Pierre Leymarie, Kassagi, Pierre Étaix, César Gattegno
• Aúdio: Francês 5.1
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Michael (Martin LaSalle) passa os dias nas ruas de Paris refinando sua técnica de batedor de carteiras. Quando conhece Jeanne (Marika Green), cuja ocupação é cuidar da mãe doente, ele reavalia sua vida. "O Batedor de Carteiras", do francês Robert Bresson (1901-1999) é inspirado no romance “Crime e Castigo”, de Fiódor Dostoiévski (1821-1881). Em seus filmes minimalistas e radicais, adotou ideais filosóficos de pureza, cujo efeito na tela é uma estética que dispensa tudo que não seja essencial.

Narrado com poucos movimentos de câmera e atores não profissionais, "O Batedor de Carteiras" é o exemplo máximo do método de Bresson. O resultado é uma ficção que mais parece um documentário.

O Deserto Vermelho

• Diretor: Michelangelo Antonioni
• Nacionalidade: Itália
• Filme: O Deserto Vermelho
• Duração: 112 min.
• Nacionalidade: Itália/França
• Gênero: Drama
• Ano: 1964
• Protagonista: Monica Vitti, Richard Harris, Carlo Chionetti, Xênia Valderi, Rita Renoir
• Aúdio: Italiano 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.85:1

Giuliana (Monica Vitti) está desorientada. Ela acabou de sair do hospital após uma tentativa de suicídio. Nem o marido, gerente de uma usina, entende o que se passa. Um engenheiro, no entanto, tentará se aproximar dela. “Deserto Vermelho” de Michelangelo Antonioni (1912-2007) faz parte de uma série de filmes focada nas angústias do indivíduo sob o capitalismo triunfante.
Em suas obras, o diretor italiano ajudou a definir o cinema moderno ao rejeitar a narrativa clássica e privilegiar a contemplação à ação. Neste que é seu primeiro filme colorido, Antonioni questiona o homem em meio à tecnologia. Para amplificar o senso de desolação, enfatizou sons de máquinas e imagens de cores saturadas.

O Encouraçado Potemkin

• Diretor: Sergei Eisenstein
• Nacionalidade: Letônia
• Filme: O Encouraçado Potemkin
• Duração: 68 min.
• Nacionalidade: União Soviética
• Gênero: Drama
• Ano: 1925
• Protagonista: Aleksandr Antonov, Vladimir Barsky, Grigori Aleksandrov, Ivan Bobrov, Mikhail Gomorov, Aleksandr Levshin
• Aúdio: Russo (mudo)
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Em 1905, na Rússia czarista, marinheiros do navio Potemkin estão insatisfeitos com as condições de trabalho. Quando um grupo é condenado à morte após se recusar a comer carne podre, começa uma revolta contra o governo. Filme mudo baseado em fatos reais, “O Encouraçado Potemkin” é a obra mais célebre do russo Sergei Eisenstein (1898-1948) e tem uma das mais famosas cenas da história do cinema, a do massacre da população da cidade de Odessa numa escadaria.

Para o diretor, o cinema era uma arma política e sua linguagem também devia ser revolucionária. Com montagem inovadora, o filme exige um espectador ativo, que constrói o sentido na articulação das imagens.

Rocco e seus Irmãos

• Diretor: Luchino Visconti
• Nacionalidade: Itália
• Filme: Rocco e seus Irmãos
• Duração: 169 min.
• Nacionalidade: Itália/França
• Gênero: Drama
• Ano: 1960
• Protagonista: Alain Delon, Claudia Cardinale, Annie Girardot
• Aúdio: Italiano 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen 1.85:1

Vindos do interior, uma viúva e seus filhos tentam a sorte em Milão. Cada irmão segue um rumo. Rocco (Alain Delon) e Simone (Renato Salvatori) se destacam como pugilistas e se envolvem com a mesma mulher. “Rocco e Seus Irmãos” é o épico Neorrealista de Luchino Visconti (1906-1976). Nascido em família rica, mas fiel a ideais comunistas, o italiano nutriu em seus filmes interesse tanto pelos desfavorecidos quanto pela decadência da aristocracia.

Estruturado em episódios, “Rocco e Seus Irmãos” sintetiza um dos temas prediletos de Visconti, a desintegração familiar. Com performances intensas, o drama é uma atenta crônica da Itália da época.

Os Incompreendidos

• Diretor: François Truffaut
• Nacionalidade: França
• Filme: Os Incompreendidos
• Duração: 100 min.
• Nacionalidade: França
• Gênero: Drama
• Ano: 1959
• Protagonista: Jean Pierre Léaud, Claire Maurier, Albert Rémy, Guy Decomble, Patrick Auffay, Jeanne Moreau
• Aúdio: Francês 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 2.35:1

Ninguém entende Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud). Em casa, ele é repreendido pelos pais. Na escola, causa problemas aos professores. A delinquência torna-se uma alternativa para o garoto. “Os Incompreendidos” simbolizou a desobediência às regras pregada pelo diretor francês François Truffaut (1932-1984) e seus amigos críticos de cinema. Este drama autobiográfico, feito nas ruas e longe das técnicas de estúdio, trouxe uma lufada de poesia para o cinema.

Ao captar a energia rebelde da vida, o filme inaugurou a onda de modernidade da Nouvelle Vague.

Lili Marlene

• Diretor: Rainer Werner Fassbinder
• Nacionalidade: Alemanha
• Filme: Lili Marlene
• Duração: 120 min.
• Nacionalidade: Alemanha
• Gênero: Drama
• Ano: 1981
• Protagonista: Hanna Schygulla, Giancarlo Giannini, Mel Ferrer
• Aúdio: Alemão 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.66:1

Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, a cantora alemã de cabaré Willie (Hanna Schygulla) e o pianista judeu Robert (Giancarlo Giannini) se apaixonam. Ela, no entanto, torna-se um imenso sucesso entre os nazistas como a voz que entoa "Lili Marleen", canção cultuada no front da guerra. “Lili Marlene”, de Rainer Werner Fassbinder (1945-1982), tem como base a história da cantora Lale Andersen.

Com vida breve e intensa, Fassbinder foi o nome mais irrequieto do Novo Cinema Alemão em obras sobre a psique de seu país. Neste melodrama que evita manipulações sentimentais, Hanna Schygulla criou uma das personagens femininas inesquecíveis do diretor.

Roma, Cidade Aberta

• Diretor: Roberto Rossellini
• Nacionalidade: Itália
• Filme: Roma, Cidade Aberta
• Duração: 102 min.
• Nacionalidade: Itália
• Gênero: Drama
• Ano: 1945
• Protagonista: Anna Magnani, Aldo Fabrizi
• Aúdio: Italiano 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Durante a ocupação nazista em Roma, comunistas e católicos se unem na resistência. Alemães perseguem um dos líderes, Giorgio (Marcello Pagliero), mas este tem a ajuda de amigos e de um padre. O terreno se mostrará fértil para traições. O Neorrealismo tem em “Roma, Cidade Aberta”, de Roberto Rossellini (1906-1977), um de seus marcos. Depois de dirigir obras de crítica social, o diretor italiano fez dramas com a atriz Ingrid Bergman, com quem se casou.

“Roma, Cidade Aberta” é uma obra urgente. Começou a ser filmada antes do fim da Segunda Guerra Mundial e criou um estilo influente mundo afora, quase documental, ao usar não atores e filmar nas ruas, longe de estúdios.

Madame Bovary

• Diretor: Claude Chabrol
• Nacionalidade: França
• Filme: Madame Bovary
• Duração: 137 min.
• Nacionalidade: França
• Gênero: Drama
• Ano: 1991
• Protagonista: Isabelle Huppert, Jean-François Balmer, Christophe Malavoy, Jean Yanne, Lucas Belvaux, Christiane Minazzoli
• Aúdio: Francês 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.66:1

Na França do século 19, Emma Bovary (Isabelle Huppert) vive entediada. Para sair da casa do pai, ela se casa com um médico (Jean-François Balmer), mas logo se cansa da vida sem emoções e vai buscar em amantes uma válvula de escape. O diretor de “Madame Bovary”, Claude Chabrol (1930-2010), foi um dos articuladores da Nouvelle Vague francesa. Prolífico, o cineasta retratou com acidez a burguesia e teve em Alfred Hitchcock (1899-1980) um de seus mestres.

Na adaptação do romance de Gustave Flaubert (1821-1880), o cineasta buscou a fidelidade ao enfatizar descrições de costumes. “Madame Bovary” é também o ponto alto da parceria entre Chabrol e sua musa Huppert.

Metropolis

• Diretor: Fritz Lang
• Nacionalidade: Áustria
• Filme: Metropolis
• Duração: 148 min.
• Nacionalidade: Alemanha
• Gênero: Ficção Científica
• Ano: 1927
• Protagonista: Alfred Abel, Gustav Fröhlich, Rudolf Klein-Rogge, Fritz Rasp, Theodor Loos, Erwin Biswanger, Heinrich George, Brigitte Helm
• Aúdio: Alemão
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Na futurística Metropolis, a elite explora o trabalho escravo da população. Freder (Gustav Fröhlich), filho do criador da cidade, toma consciência da realidade quando se apaixona por Maria (Brigitte Helm), líder dos trabalhadores.

“Metropolis” (1927), de Fritz Lang (1890-1976), é um marco da ficção científica. Figura chave do expressionismo e criador de vilões monstruosos, o diretor nascido na Áustria e naturalizado nos EUA, ajudou a criar o cinema noir. Um dos filmes mais caros da era muda, "Metropolis" usa revolucionários efeitos especiais e cenários suntuosos. Sua visão da distopia urbana e paranoia antecipou males da sociedade atual.

A Regra do Jogo

• Diretor: Jean Renoir
• Nacionalidade: França
• Filme: A Regra do Jogo
• Duração: 106 min.
• Nacionalidade: França
• Gênero: Drama
• Ano: 1939
• Protagonista: Marcel Dalio, Nora Gregor, Roland Toutain, Jean Renoir, Julien Carett. Música
• Aúdio: Francês 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Um aviador (Roland Toutain) revela que tem um romance com a mulher (Nora Gregor) de um marquês (Marcel Dalio). Para abafar o caso, o aristocrata convida um grupo para um fim de semana de caça em seu castelo. Pela crítica à sociedade francesa, “A Regra do Jogo”, de Jean Renoir (1894-1979), causou controvérsias na estreia, pouco antes da Segunda Guerra Mundial.
Filho do pintor Pierre Auguste Renoir (1841-1919), o francês unia poesia, realismo e sátira em suas obras. “A Regra do Jogo” tem uma estrutura coral, com personagens de diferentes classes sociais. É pioneiro no uso de profundidade de campo, técnica visual que dá valor equivalente a situações que ocorrem ao fundo e à frente das cenas.

Mamma Roma

• Diretor: Pier Paolo Pasolini
• Nacionalidade: Itália
• Filme: Mamma Roma
• Duração: 106 min.
• Nacionalidade: Itália
• Gênero: Drama
• Ano: 1962
• Protagonista: Anna Magnani, Franco Citti, Ettore Garofolo, Silvana Corsini
• Aúdio: Italiano 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen 1.66:1

Após anos trabalhando como prostituta, Mamma Roma (Anna Magnani) economiza dinheiro para tentar mudar de vida e voltar a morar com o filho adolescente (Ettore Garofolo). A realidade, no entanto, se mostrará hostil. “Mamma Roma” é o segundo filme do controverso Pier Paolo Pasolini (1922-1975).

Ateu, comunista, homossexual e fascinado pela marginalidade, o diretor também foi escritor, poeta e um intenso participante dos debates intelectuais da época. Censurado na Itália por “obscenidade”, “Mamma Roma” segue princípios do Neorrealismo. Apresenta uma visão crítica e pessimista da sociedade e cenas que flertam com o sagrado e o profano.

Acossado

• Diretor: Jean Luc Godard
• Nacionalidade: França
• Filme: Acossadoa
• Duração: 89 min.
• Nacionalidade: França
• Gênero: Drama
• Ano: 1960
• Protagonista: Jean-Paul Belmondo, Jean Seberg, Henri-Jacques Huet, Liliane Dreyfus
• Aúdio: Francês 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Após roubar um carro, Michel (Jean-Paul Belmondo) mata um policial e busca refúgio nos braços de Patricia (Jean Seberg), estudante norte-americana que vive em Paris. Enquanto ele se esconde das autoridades e planeja fugir para a Itália, a relação dos dois se aprofunda. “Acossado” mostra que Jean-Luc Godard (1930) é o nome mais radical da Nouvelle Vague francesa. Até hoje, o diretor cria manifestos políticos e estilísticos, e não apenas filmes.

Suas obras colocam no mesmo nível existencialismo, marxismo e cultura pop. Com diálogos improvisados, atores conversando com o espectador, cortes rápidos e filmagens nas ruas, “Acossado” pôs em xeque o modo tradicional de contar histórias no cinema.

A Dama Oculta

• Diretor: Alfred Hitchcock
• Nacionalidade: Inglaterra
• Filme: A Dama Oculta
• Duração: 95 min.
• Nacionalidade: Inglaterra
• Gênero: suspense
• Ano: 1938
• Protagonista: Margaret Lockwood, Michael Redgrave, Paul Lukas, Cecil Parker, Basil Radford
• Aúdio: inglês 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Fullscreen 1.33:1

Durante viagem de trem pela Europa, a jovem Iris (Margaret Lockwood) torna-se amiga de Miss Froy (May Whitty). Mas a simpática senhora desaparece misteriosamente e, quando Iris investiga seu paradeiro, os passageiros negam tê-la visto. “A Dama Oculta” é o penúltimo filme inglês de Alfred Hitchcock (1899-1980) antes de ir trabalhar nos Estados Unidos.

Hábil manipulador de medos e tensões, o diretor colocava o público no papel de “voyeur” em bem-sucedidas tramas de suspense. Neste filme, Hitchcock cria um microcosmo da sociedade inglesa. Apesar do tom misterioso, que antecipa o clima de paranoia dos anos 1940, é um dos filmes mais cômicos do diretor.

Adeus, Meninos

• Diretor: Louis Malle
• Nacionalidade: França
• Filme: Adeus, Meninos
• Duração: 105 min.
• Nacionalidade: Fra/Ale/Itália
• Gênero: drama
• Ano: 1987
• Protagonista: Gaspard Manesse, Raphael Fejtö, Francine Racette, Stanislas Carré de Malberg, Philippe Morrier-Genoud, François Berléand
• Aúdio: Francês 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 1.77:1

Durante a Segunda Guerra na França ocupada pelos nazistas, uma escola católica esconde alunos judeus. O garoto Julien (Gaspard Manesse) vê com desconfiança a chegada do novo colega Jean (Raphael Fejto), mas logo se torna seu amigo. “Adeus, Meninos” é baseado nas lembranças de Louis Malle (1932-1995), cineasta que ajudou a popularizar o cinema francês nos EUA e transitou por diferentes temas – às vezes polêmicos, como incesto e suicídio.

Em tom simples, mas cheio de detalhes, “Adeus, Meninos” deixa de lado a visão romantizada da infância típica de obras autobiográficas ao criar uma parábola sobre o fim da inocência.

Mamãe Faz Cem Anos

• Diretor: Carlos Saura
• Nacionalidade: Espanha
• Filme: Mamãe Faz Cem Anos
• Duração: 95 min.
• Nacionalidade: Espanha
• Gênero: Comédia, Drama
• Ano: 1979
• Protagonista: Amparo Muñoz, Geraldine Chaplin, Rafaela Aparicio.
• Aúdio: Espanhol 2.0
• Legendas: Português
• Formato da tela: Widescreen Anamórfico 16:9

Uma família espanhola organiza uma festa para comemorar os 100 anos da matriarca (Rafaela Aparicio). Mas, atrás da aparente felicidade, alguns parentes estão na verdade interessados em sua herança. Em "Mamãe Faz 100 Anos", Carlos Saura (1932) retoma personagens de "Ana e os Lobos" (1973). Nos anos 1960 e 1970, o diretor foi um dos principais críticos da ditadura franquista.

Em trabalhos seguintes, mudou o foco para danças típicas espanholas. Para criticar a hipocrisia de parte da burguesia espanhola, Saura adota uma estrutura coral nesta comédia influenciada pelo seu mestre, Luis Buñuel (1900-1983). Em tom surrealista, o bizarro e o grotesco se misturam.