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Justiça condena Marvizi e sua mulher

27, novembro, 2012

A Justiça Federal, ontem, condenou pela segunda-vez em pouco mais de um mês, o comerciante iraniano Farhad Marvizi, o ´Tony´, apontado pela Polícia Federal como chefe de uma organização criminosa responsável por um ´rosário´ de delitos no Ceará nos últimos anos, entre eles, assassinatos de empresários e ex-sócios, e atentado contra um agente da Receita Federal.

Desta vez, Marvizi foi sentenciado a uma pena de sete anos de cadeia pelos crimes de descaminho e falsidade ideológica. A mulher dele, a paulista Lilian Sousa Ferreira, também foi condenada. Recebem uma pena de oito anos e seis meses de cadeia pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e também descaminho (importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir o pagamento de imposto). O iraniano já está preso, recolhido na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mossoró, Rio Grande do Norte.

Já a mulher de ´Tony´ está sendo procurada pela PF e, tão logo seja localizada, deverá ser encaminhada para o Presídio Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em Itaitinga.

Fachada

A condenação do casal se refere a um processo na esfera federal instaurado após a descoberta de que Marvizi e sua mulher haviam montando uma empresa de ´fachada´, em Fortaleza, para a comercialização de produtos eletrônicos contrabandeados. A empresa foi constituída em nome de um ´laranja´, no caso, João Batista de Sousa Ferreira, irmão de Lilian e, portanto, cunhado do iraniano. Mas, no dia 29 de agosto de 2006, auditores da Receita Federal foram até a loja e descobriram toda a trama. Uma grande quantidade de produtos eletrônicos importados sem a comprovação de sua devida regularização (pagamento de impostos) gerou a apreensão dos objetos e início da investigação.

Farhad Marvizi foi julgado no último dia 23 de outubro como mandante do atentado contra o auditor da Receita Federal José de Jesus Ferreira, fato ocorrido no dia 9 de dezembro de 2008, no bairro Varjota.

O atentado seria uma represália do iraniano contra o trabalho de fiscalização da Receita Federal, que descobriu o contrabando. Marvizi acabou condenado a 20 anos de reclusão. Os executores já foram pronunciados.


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