Representantes da DEN e filiados da DS/CE concordam que paralisação com assinatura de ponto não é o caminho ideal
28, maio, 2012A DS/CE e seus filiados receberam hoje (28/5), às 9 horas, representantes da DEN em reunião em que foram discutidos assuntos relativos à Campanha Salarial, dentre outros temas.
O indicativo de paralisação por tempo indeterminado - dentro dos locais de trabalho, com assinatura de ponto, proposto pelo CDS, com encaminhamento favorável da DEN, a partir do próximo dia 18 –, e que será votado em Assembleia Nacional nesta quarta-feira (30/5), foi um dos assuntos que gerou polêmica.
O posicionamento da DS/CE, em conformidade com o que foi discutido na Assembleia Pré-CDS do dia 17 de maio, é contrário a uma mobilização “com operação-padrão na zona primária e crédito zero na zona secundária”, por considerar este um “retrocesso nas ferramentas de luta do sindicalismo que os Auditores vêm adotando desde 2006”.
Segundo a Declaração de Voto dos AFRFB presentes à última Assembleia, “esta forma de operacionalização do movimento reparte desigualmente o ônus da mobilização entre zona primária e zona secundária, além de deixar os colegas expostos pelo não cumprimento de suas atribuições funcionais, uma vez que assinam o ponto”.
Na reunião de hoje, os Auditores questionaram ainda o fato de o CDS, com o apoio político da DEN, ter aprovado apenas para o dia 26 de junho a Plenária Nacional, sendo que o ideal seria construir a greve conjuntamente com a base, ao invés de iniciar uma paralisação a partir das direções sindicais, locais e nacional, para só depois submeter os resultados à categoria.
Tanto no que se refere à forma de paralisação quanto à necessidade de realização da Plenária Nacional *antes* da greve, o 2º Vice – Presidente da DEN, Sergio Aurelio Velozo Diniz, e o Diretor de Defesa Profissional,Dagoberto Da Silva Lemos, manifestaram-se favoráveis ao posicionamento da DS/CE, reconhecendo, inclusive ser esta uma das Delegacias Sindicais mais combativas do país: “Estou satisfeito em encontrar aqui tamanho espírito de luta”, afirmou Dagoberto. Apesar das declarações dos dois, no entanto, o posicionamento da Diretoria Nacional da qual são integrantes foi diferente quando do CDS.
O presidente da DS/CE, Marcelo Maciel, frisou que - independente de discordarem politicamente desse tipo de manifestação– a decisão da Assembleia Nacional será sempre acatada.
Outras questões – A maneira como a DEN conduziu a luta contra a aprovação do Funpresp, detendo-se apenas ao trabalho parlamentar; a necessidade de se combater a adesão ao Funpresp, com mais ênfase; os riscos para o subsídio quando se utiliza a tabela de remuneração comparativa dos fiscos estaduais, em que os auditores da maior parte das Unidades da Federação recebem remunerações variáveis por conta de gratificações e prêmios de produtividade; a luta pelo fortalecimento da Aduana, permanecendo ela integrada à Receita Federal do Brasil; e a luta contínua e permanente com o conjunto dos servidores públicos, e não apenas com as ditas “carreiras típicas de Estado” foram os outros assuntos discutidos na reunião de hoje.