Tal como no Ceará, Auditores filiados à DS/Salvador cobram da DEN mobilização UNIFICADA em todo o Brasil
25, abril, 2012Os Auditores Fiscais, filiados à DS Salvador, realizaram Assembleia Nacional no prédio da Superintendência da Receita Federal, na Alfândega do Porto, na DRJ, no Aeroporto de Salvador e na DRF Camaçari nos dias 18, 19 e 20 de abril último. Na assembleia, os Auditores votaram a favor do indicativo que trata da realização de um dia de mobilização de advertência no dia 9 de maio de 2012, entretanto, tal como no Ceará, fizeram algumas considerações a respeito da condução da DEN à frente da Campanha Salarial 2012, dentre elas:
- Que a paridade seja considerada princípio inegociável na remuneração;
- A luta pela reversão do FUNPRESP, restaurando a unidade da categoria;
- Realização de uma Plenária Nacional;
- Que os grandes Atos e Manifestações sejam em Brasília e nas regiões;
- Cobrar um compromisso público do Secretário da Receita Federal do Brasil de apoio à Pauta de Reivindicações dos Auditores Fiscais;
- E destaque para que a MOBILIZAÇÃO seja de maneira UNIFORME e UNIFICADA em todo o país no intuito de evitar a divisão do movimento.
A DS Salvador também publicou uma nota “MOTIVOS DA VOTAÇÃO NA DRJ” aprovada pelos Auditores Fiscais na Assembleia Nacional realizada na DRJ Salvador no dia 18 de abril, explicando porque os Auditores lotados nessa unidade votaram pelo “não” ao Dia de Mobilização Nacional”. Veja a nota na íntegra abaixo:
MOTIVOS DA VOTAÇÃO NA DRJ
Em Assembleia realizada em 18 de abril de 2012, a DRJ de Salvador votou de forma praticamente unânime pelo “não” ao Dia de Mobilização Nacional” e, para que não aparente resignação em relação à defasagem salarial, apresenta, brevemente, os motivos que levaram os AFRFB a tomarem esta decisão.
O primeiro ponto a ser considerado é que “mobilização” é um estado vivido pela categoria, pronta para tomar alguma atitude ou atuar ante situações de insatisfação geral. Tanto é que o próprio Estatuto (§ 5º do artigo 15) prevê a dispensa dos prazos para convocação de Assembleias Gerais estando, a categoria, em “Estado de Mobilização”. E esta DRJ não se sente suficientemente mobilizada no presente momento.
Portanto, votar por um “dia nacional de mobilização” não diz absolutamente nada. O que significaria tal dia nas atividades dos AFRFB? Essa análise pode ser melhor esclarecida no segundo motivo abaixo descrito.
Recentemente, foi aprovada pelo CDS proposta de forma de atuação mista(?). Isso quer dizer que caberia a cada DS resolver a forma como atuarão os AFRFB em caso de movimento paredista. Então: a DS “X” faria operação padrão; a “Y”, greve no local de trabalho com assinatura de ponto”; a “Z”, greve sem assinatura de ponto; e a DS”W” nada faria. Esta DRJ discorda veementemente dessa forma de “delegação de competência” da Direção Nacional, pois, reconhecidamente, a força de qualquer movimento está na uniformidade de atuação de seus membros. Assim, se há corte de ponto, que seja cortado de todos. Essa ideia parece ser gestada por quem realmente não pretende encaminhar um movimento reivindicatório forte, no qual sempre há enfrentamentos e só a união de todos proporciona força para o embate.
Por fim, a experiência da última greve e a conduta da Diretoria Nacional, que se reelegeu, desautorizando o CNM, monopolizando e distorcendo informações, mascarando situações e, por que não dizer, trabalhando na contramão do próprio movimento, não avaliza o ingresso da categoria no evento proposto.. Em outras palavras, a DRJ não está convencida de que a atual DEN tenha efetivo interesse em conduzir um movimento em prol da categoria.
AFRFB em Assembleia na DRJ em Salvador, 18 de abril de 2012